Anneliese Michel - A História por trás de Emily Rose. Parte 2
segunda-feira, 14 de junho de 2010

 
Verifique a primeira parte aqui: Annelise Michel, Parte 1.

Tratamento psiquiátrico

Anneliese começou a ter alucinações enquanto rezava. Ela também começou a ouvir vozes, que lhe diziam que ela era amaldiçoada.  Em 1973, Anneliese estava sofrendo de depressão e considerando o suicídio. O seu comportamento tornou-se cada vez mais bizarro, ela rasgava suas roupas, comia carvão e chegou a lamber sua própria urina.

Depois de ser admitida em um hospital psiquiátrico a saúde de Anneliese não melhorou. Além disso, sua depressão começou a se aprofundar. Ela começou a ficar cada vez mais frustrada com a intervenção médica, que não melhorava a sua condição. Em longo termo, o tratamento médico não foi bem sucedido, seu estado, incluindo a sua depressão, agravaram-se com o tempo.

Tendo centrado toda a sua vida em torno da fé católica, Anneliese começou a atribuir sua condição psiquiátrica à possessão demoníaca. Anneliese tornou-se intolerante a lugares e objetos sagrados, como crucifixos, que atribuiu à sua própria possessão demoníaca. Ao longo do curso dos ritos religiosos Anneliese sofreu muito. Foi prescritos para ela medicamentos antipsicóticos, que ela pode ou não ter parado de tomar.

Em junho de 1970, Michel sofreu uma terceira convulsão no hospital psiquiátrico, neste momento foi prescrito pela primeira vez anticonvulsivante. O nome desta droga não é conhecido e não trouxe alívio imediato aos sintomas de Michel. Ela continuou falando sobre o que ela chamou de "faces do diabo", visto por ela durante vários momentos do dia. Michel ficou convencida de que a medicina convencional era de nenhuma ajuda. Acreditando cada vez mais que sua doença era de um tipo distúrbio espiritual, ela recorreu à Igreja para executar um exorcismo nela. Naquele mesmo mês, lhe foi prescrita outra droga, Aolept (pericyazine), que é uma fenotiazina com propriedades gerais semelhantes às da clorpromazina: pericyazine é usado no tratamento de psicoses diversas, incluindo esquizofrenia e distúrbios de comportamento.

Em novembro de 1973, Michel iniciou o tratamento com Tegretol (carbamazepina), que é uma droga antiepiléptica. Michel tomou o medicamento com freqüência, até pouco antes de morrer.

Talvez isso possa soar como fanatismo de minha parte, ou egoísmo talvez, mas eu acredito que o assunto de possessão demoníaca nunca foi bem visto por aqueles que não acreditam no mundo espiritual como uma pessoa que crê em Deus vê. Quer uma prova simples? Inicie um papo sobre mulheres (no caso dos homens), carros, futebol ou filmes com seus amigos de balada que não são de certa forma ligados à espiritualidade. Basta um único comentário e a conversa está garantida para a tarde toda.
Fale sobre acidentes de motos nas estradas, política ou sobre os valores altos dos produtos nos supermercados. O assunto demora um pouco para ganhar força mas acaba tomando volume e gera um grande debate.

Agora fale sobre Demônios, Anjos, Bíblia, Deus, Jesus, Diabo e coisas relacionadas. Ahhh... aí o "forfé" está feito. Discussões, desinteresse e o assunto morre em tempo recorde. Por que ninguém gosta de falar dessas coisas? Descrença? Sentem que não são coisas boas? Não sabem anda sobre o assunto?
Faça um outro teste rápido: Procure no Wikipédia os textos sobre Possessão Demoníaca, Anjos, Deus, Salvação Eterna, Pecado e Diabo. São textos curtos, geralmente secos e direto ao ponto. E sempre possui as visões múltiplas do público, sendo um texto sobre a visão cristã, a visão cintífica ou a cética entre outras.
Mas quando o assunto é Lobisomem, Vampiro, Fadas, entre outros, o texto em rico em detalhes, e possui sempre uma ênfase sobre a origem ou procedência do personagem em questão.
Por quê é tão difícil acreditar em um mundo espiritual mais do que vida em Marte? 



Retornando ao caso de Michel, ela se auto-diagnosticou; afirmando que seu problema era espiritual, ela sofria do que chamamos de Opressão Malígna, causada por um ou mais demônios.

Vale citar que um demônio não pede de certa forma para entrar na vida de uma pessoa totalmente desprotegida por Deus, agindo assim como uma espécie de Assédio, uma Invasão na vida do que será oprimido
Este assédio exercido pelo demônio contra a pessoa a faz ter, pela tentação ou pela indução, posturas existenciais e a atitudes e reações emocionais malignizadas, marginalizadas e contra os princípios da própria pessoa ou sociedade em que ela vive.
A opressão espiritual, ou opressão maligna, dá ao opresso a idéia de que sofre enfermidades graves ou incuráveis, sem causa aparente ou comprovada, podendo também levar a pessoa a apresentar distúrbios emocionais ou comportamentais identificados nas reações psicossomáticas ou pela obsessão em relação à determinada questão, no caso de Michel, sua suposta Eplepsia poderia não ser um distúrbio mental, mas uma opressão malígna.

A opressão espiritual geralmente se manifesta com os seguintes sintomas: a) Mania de perseguição semelhante, porém mais séria e mais psicologicamente distorcida, do que a apresentada em uma esquizofrenia. Opressos têm a sensação serem vigiados o tempo todo, outros chegam a sentir mãos apertando o peito quando se deitam para dormir, e outros declaram ver vultos, ouvir passos no telhado ou em cômodos vazios da casa, à noite ou durante o dia. Há pessoas, principalmente do sexo feminino, que têm a nítida sensação de estarem sendo observadas com lascívia quando entram em banheiros ou outros locais isolados.

Não havia histórico familiar que acusasse um problema anterior nos familiares da jovem Anneliese Michel, nada se comparava com o terror que sua família estava sofrendo, mesmo depois de tantos medicamentos e um intensivo tratamento psiquiátrico, o comportamento de Michel piorava. Mas pode um demônio, um espírito malígno, mudar o comportamento de uma pessoa?

Muitas vezes a pessoa opressa tem condições de optar pela libertação, mas a pessoa obcecada fica tão iludida que acredita estar fazendo as coisas da maneira correta, não desejando a libertação. O opresso quando tomado por obsessão não percebe a necessidade de libertação e pode se tornar uma vítima voluntária do demônio ou Satanás, permitindo-se à perpetuação da ilusão maligna em sua vida.
A obsessão decorrente da opressão não é um estado de possessão consolidado, mas é uma reação bem mais perigosa e arriscada do que a opressão que a desencadeia. Quando a pessoa chega ao estado de obsessão, para efeitos práticos, está mentalmente perturbada. Tal perturbação psicológica pode ser mascarada por uma neurose ou por uma paranóia acentuadas, que colocam a sanidade da pessoa sob suspeita.
Um caso clássico de opressão maligna que desembocou em obsessão diabólica é o do rei Saul, narrado na Bíblia em 1 Samuel capítulos 18 a 28: tudo começou com o ciúme, passando pelo temor, gerando a inveja que detonou a ira homicida, e terminando numa forma branda de possessão, caracterizada pela procura da feitiçaria para a prática da necromancia.
O mesmo poderia estar ocorrendo com Anneliese, talvez sua obsessão em crer que estava com um demônio no corpo não somente agravou sua situação espiritual como também sua mente. Foi quando seu pesadelo e o de sua família tornou-se pior com o processo de exorcismo...

Continua...




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postado por Agarius @ 4:32 PM

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