Frio do Corpo e do Espírito/Tudo-Nada da Vida.
terça-feira, 2 de junho de 2009

Embora a foto acima seja antiga e até cômica, o que cheguei a comentar com alguns amigos e com minha Digníssima Sra. Agarius, é o fato de num frio desses, quando estamos entocados por debaixo de quilos e quilos de cobertas e outros trapos, há lá fora, mendigos que só possuem jornais, sacolas e os cachorros para se aquecerem. Escolhi essa imagem dentre tantas outras que relatariam melhor este Post, mas resolvi trabalhar no que ela pode dizer: Alguém que tem, sem de fato ter.


Ontem tomei uma sopinha antes de dormir abraçado com minha Amada, enquanto assistíamos ao filme "O Dia em que a Terra parou".

Novamente levantei com muito sacrifício, pois as cobertas, lideradas pelo senhor Travesseiro, me enrolavam, enquanto ele me batia na cabeça. Vesti-me em Black Suite, e segui trincando até o ponto de ônibus, receber as massagens e odores "calientes" de um coletivo abarrotado de gente de todos os cheiros e de todos os bafos.

Aí me peguei pensando nas inúmeras coisas, fatos, situações, e desventuras que nos provam a cada dia, quem somos e como somos diante tudo e todos. Ao mesmo tempo que somos caridosos e nos julgamos os exemplos de bons cidadãos, somos mesquinhos, rabugentos e linguarudos.

Estamos sempre reclamando de alguma coisa, sempre. Se está calor, julgamos o Sol uma "estrelinha" chata e persistente que nos tira os líquidos corporais e nos traz dor de cabeça, tonturas e irritação. Se chove, abrimos nossas bocas falantes para dizer que o mundo está caindo em água e que tudo se tornará uma espécie de Fenda do Biquíni (será que só Eu vejo maliciosidade neste nome?) e que todos serão como o personagem que Kevin Costner interpretou no falido e por-água-abaixo-filme Waterworld.

Se o tempo está parado, ficamos nos abanando feito concubinas londrinas com qualquer objeto de forma chapada; se venta demais, reclamamos pelo fato do vento levar e trazer o pó que com "tanto esforço" conseguimos juntar com uma vassoura de piaçá. Se está escuro, devia estar claro, se está claro, tinha que estar um pouco mais escuro e pirirí e pororó. Que droga!
Pior que as mudanças climáticas que o mundo sofre gráças às nossas "colaborações" inteligentes e que nos denominaram "Seres Pensantes" e "evoluídos" são as mudanças de estado e clima que ocorrem dentro de nós, especificamente em nosso espírito e caráter. Santo Deus!

Estamos tão acostumados em não estar acostumados com nada (embora essa idéia pareça absurda) que nada está desagradável e tudo desagrada. Não, não expressei errado a frase, é isso mesmo que retrata da melhor forma possível, a meu ver, o que somos e o que queremos. Um pouco do nada. O nada do tudo.

E isso é claro, vai esfriando nosso espírito, afogando nosso amor, secando nossa alegria, torrando nossa paciência, soprando pra longe nossa humildade e por fim, deixando imóveis nossa capacidade de se relacionar com o Criador.


Não somos perfeitos, mas não é errado tentar agradar quem Foi, É, e sempre Será.

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postado por Agarius @ 5:24 PM

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